16/10/2018
Cartas para você #2
Querido segundo amor,
Depois de alguns ficas e mini decepções com uns 2 caras que eu achava que gostava, depois de um ano do primeiro namoro, eu te encontrei. Mas, primeiramente, eu gostaria de esclarecer que eu não te amei. Eu definitivamente nunca te amei.
E daí pode me perguntar o porquê de eu ter namorado uma pessoa por longos 6 meses (sim, foram muito longos para mim) sem amar? E pior, dizendo que amava. E a resposta é: Não sei. Eu não estava bem. Eu não tinha superado meu primeiro amor. Era ele tudo o que eu queria. Mas aí me apresentaram você. Me disseram que seria uma pessoa diferente, mais velho, maduro, já estava na faculdade enquanto eu ainda estava no ensino médio. E então eu tentei.
Por mais que você não fizesse “meu tipo”, eu tentei encontrar em você o príncipe que aquela minha “amiga” tinha me prometido que você era. No começo até que eu achei que realmente com você seria diferente. Eu tive mais liberdade. Aceitaram você. Aceitaram a gente. E então me acomodei.
Para quem não podia nem sair de casa antes, ir para uma lanchonete comer besteira ou ir num churrasco no domingo à tarde na casa de um amigo seu já era muita coisa. Daí eu gostei. Mas não era de você, era da “liberdade” que o fato de estar com você me proporcionava. Até que um dia essa liberdade foi ficando cara demais para mim.
Porque com o tempo eu enfim comecei a te conhecer. Conhecer o seu eu. A criança infantil e mimada que era. Para você só os seus amigos prestavam. Mas eu preferia os meus. E eu não gostei. E tudo para mim que não fosse você ou não fosse estar com você me parecia mais atrativo. E eu tentei me afastar, e quanto mais eu tentava mais você se aproximava. E a gente brigava. E você sempre chorava, como uma criança mimada. E menos de você eu gostava.
Até que um dia, finalmente, eu consegui colocar um fim. Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito por mim.
Sem você, eu pude me encontrar e pude entender que não havia preço nesse mundo que pagasse a minha paz. Hoje eu agradeço, não a você, claro. Agradeço a Deus a experiência vivida e aprendida para que nunca mais seja repetida. Porque ela nunca será, se Deus quiser.