O amor só me trouxe coisas boas

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Canso de ver. Viramos inimigos do amor. E viramos sem saber. Sem saber que para amar é necessário sim abrir mão de muita coisa que fazemos à toa. Nosso primeiro reflexo é simplesmente negar que isso ocorra. Não querer largar dos nossos hábitos e muito menos o coração de outra pessoa.

Mas acontece que… Vivemos essa vida buscando por isso. Conhecemos histórias que pareceram dar certo. Nos acostumamos a ouvir que o amor é uma batalha e que você precisa manter aceso o fogo da paixão para não deixar que o sentimento morra.

Já acreditei nisso também.

Acreditei que… Era preciso fazer seus sacrifícios para que eles fossem transformados em uma coisa boa.

Só que agora eu vi o quanto eu achei errado. Que o amor aparece quando nem sempre a gente está preparado. É inexplicável. Ele vem do nada e de repente já está sorrindo do seu lado.

Você sente várias coisas ao mesmo tempo e a sua mente duvida sim, mas no final ele não tem como ser negado. O amor quando nasce se faz forte mais do que nossos medos enraizados.

Finalmente entendi o que os poetas modernos tanto dizem que o amor é leve, descontraído. Ele não exige nada, só entra na sua casa e você não pede para ele ficar. Não precisa de palavras, pois as demonstrações conseguem falar.

Esse amor que sempre achamos que era traiçoeiro, porque confundimos infinitamente com a paixão. Esquecemos de nos investigar mais, esquecemos de parar de ouvir os outros e ouvir mais o coração.

Há quem diga que quando o amor fica se torna essa coisa meio parada, meia boca e que muitas vezes faz a gente passar por cima do defeito do outro para poder continuar. Hoje eu descubro que amar é aceitar a dificuldade do outro sim, mas sabe… Sem pesar. Reconhecer que é justamente a dificuldade que faz a outra pessoa uma bênção especial na nossa vida.

Isso sim é amar.

Os defeitos ou dificuldades, como você quiser chamar, são justamente o que tornam uma pessoa no meio de tantas outras, singular.

Então, meu caro ou minha cara, se você pensa que o amor veio te machucar, te digo que não sou “expert” no assunto, mas que depois de muito ralar o joelho, entendi que o amor nada tem a ver com isso a não ser no curar.

As feridas que se cultiva, os traumas, as partidas são formas infinitas de te mostrar que o amor é o que você não conseguiu reconhecer ainda.

O amor cura, o amor te conhece mais do que qualquer outro. Pois o amor é Deus e é vida.

Yamí Couto

Autora e roteirista. Curadora do Blog Sensations, colunista no Blog EOH, Cilada Literária e E aí, Guria? Taróloga de horas vagas.

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