Eu pulei, sim eu pulei, coloquei meu bloco na rua e fui ser “feliz”, fiz da saudade confetes e joguei para o alto, é carnaval meu amor e vou te esquecer por quatro dias.
Dancei com a loira, me deitei com a morena e acordei nos braços da ruiva. Fiz amor sob a luz do sol, fiz poesia para loucos, passei minhas mãos em vários corpos suados e sedentos de prazer.
O gozo era inevitável assim como a quarta-feira de cinzas, mas antes dela havia a sexta-feira de loucuras, no sábado fui rei sem reino, no domingo amanheci na praça, mas não chorei de saudade e não conversei com o guarda, na segunda-feira.
Fiquei espremido pelas baianas e pulei com quase 1 milhão de pessoas, na terça-feira não bebi tanto, na verdade nem pulei, apenas fiquei com meu amor de outros carnavais (mesmo tendo conhecido ela na sexta-feira) e a quarta-feira de cinzas chegou implacável.
Não aguentava mais nada e quando a minha velha amiga saudade notou que eu não aguentava mais nada ela chegou, chegou por um “Oi meu amor” que você me enviou às 06:45 da manhã, não havia mais confetes, não havia mais batucadas, loiras, morenas ou ruivas o que existia era somente um ser tomado pela saudade e foi nessa hora que ela sambou e colocou seu bloco nas ruas do meu coração…