Sempre ouvir dizer, claro que discordava, que o amor é para os corajosos! Besteira…
E entre um gole na cerveja e um trago no cigarro, Theo sorria e preparava a segunda parte do que era o amor, todos que estavam a volta esperavam ansiosos, afinal tecer teorias loucas sobre o amor, era um dos passatempos favoritos dele.
Se colocou de pé, olhou para todos e com um ar irônico ele disse: “o amor não passa de uma transação de negócios”…
Alguns começaram a rir, pensando que ele iria completar a sua teoria, mas ao invés disso, o sorriso largo que antes estampavam o rosto de Theo, sumiu e deu lugar a algo bem parecido com dor ou seja lá o que seja dor! Talvez saudade? Será que ele tinha amado alguém que o quebrou a ponto dele não acreditar mais no amor? Quem seria esse ser, capaz de adentrar o caos que emanava da alma dele?
Provavelmente não saberíamos, mas fiquei atenta observando seus próximos movimentos, notei que seus olhos estavam em êxtase, a procura de alguém e de repente, seus olhos se acalmam e repousam em um par de olhos castanhos que não o olhavam.
Ele a encarou por 30 segundos, e depois voltou a sorrir e disse: “coração foi feito para bombear sangue”…
E foi nesse momento em que descobri, que sim, o amor era para os corajosos, para os que estão dispostos a pular em um abismo na esperança em que o outro seja as asas, para quem não tem medo de abrir o peito e colocar para fora os seus sentimentos e se expor a tal ponto de se tornar frágil…
Amar nunca foi e jamais será para os fracos.