Estou a mercê numa mesa de bar tomando alguns goles da minha cerveja preferida, atrás de um gole e outro vejo a chuva cair e refrescar a terra seca que vivemos. Coloco-me a observar as pessoas ao meu redor, e sinto que estou sozinho nesse mundo de ego e sentimentos vazios.
Saí da academia tem mais ou menos trinta minutos, e tô no bar me afogando em cerveja pra trazer-me um pouco de alegria. A cerveja não só estraga a pessoa, como também emana verdade no subconsciente. E eu fico feliz em sorrir para o nada e saber que tô sorrindo de felicidade de alguns momentos que eu pude viver e pertencer.
Há dias não escrevo nada, nem poesia e nem texto de título pronto. Tô escrevendo aqui atrás de uma garrafa o meu primeiro texto do ano, me enchendo mais um dia de cerveja para algum dia eu leia esse texto e veja, o quanto apaixonado estou.
Querendo a cada dia estar com você. É egoísmo só eu querer você? Ou é loucura te esquecer? Tudo que eu quero é você. Mas se eu não consigo ter coragem de te dizer, o que é que eu vou fazer?
Sinais? Eu sempre tô disponível. Não sei se você vê, mas tudo que eu faço é por você.
Já são alguns dias sem te ver, pra mim, meses.
É normal trocar dias por meses quando se tem saudade né?
Pois é.
Te ver nos braços de outro alguém é foda. Talvez eu não tenho te dado sinais que gosto de você, ou talvez você fechou os olhos para simplesmente não ver. Não acreditar que eu simplesmente só me vejo em você.
Talvez, só um pouquinho, você tem me dado o gelo que eu não aproveitei e me servi com whisky nele. Pra simplesmente acabar com essa saudade que tô de você. Pelo menos, parcialmente.
Mas confesso que não seria nada mal se isso acontecer, eu tô cansado de sofrer, pelo menos por você.
Flores, presentes, tudo que eu vejo de delicado nas vitrines, penso em você. Mas e aí?
Será que se eu aparecer, vai me receber? Ou o outro vai aparecer? Simplesmente não dá pra entender. Todos esses anos cultivando você.
