Boa noite

Ei menina, tudo bem por aí? Hoje quando tocou uma música (Love is a Bitch), me lembrei de você, na verdade não faço ideia o que diz a letra, mas os solos soaram como sua voz gemia baixo no meu ouvido e suas unhas corriam soltas e loucas por minhas costas, era tão bom aquilo que tínhamos que ainda não sei como foi acabar!

Será que você esperava que fosse te chamar de amor ou qualquer apelido que os casais normais costumam se dar? Sério, eu sempre acreditei que você odiasse os clichês e por muitas vezes deixei de te chamar de minha pequena, anjo, flor, amor ou de meu demônio particular; para falar bem a verdade, você era tudo isso e um pouco mais, só que você sempre disse que não devíamos dar nomes ao que tínhamos e que apelidos carinhoso são as coisas mais idiota que o ser humano pode fazer, na verdade era apenas defesa, pois você esperava que para te provocar, entre um tapa na bunda e um puxão de cabelo eu te chamasse de meu amor, mas o que eu dizia não posso escrever aqui, mas sei bem que você ainda lembra não só das palavras, de como minhas mãos exploravam suas curvas e meus olhos gritavam meus sonhos de uma vida ao seu lado!

Será que nos perdemos quando você foi pegar o ônibus e eu fiquei para comprar cigarros? Ou foi quando eu fazia um café e você ia buscar mais cervejas?

E só para você não ficar na dúvida, eu dei nome ao que tínhamos, “amor foda para caralho”, talvez hoje você não vá dormir, afinal ler essas letras, tomando aquele seu chazinho ruim e fumando, é um convite da saudade para uma noite de insônia e lembranças… Boa noite meu demônio.

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

Comments

comments