3 de abril de 2015, lembro desse dia como se fosse ontem, aposto que vocês também, caso tivesse acontecido com vocês.
Bom, sabe aqueles dias em que você só sai da cama por pura e mera obrigação? Se pudesse não levantava nem para fazer meu café, mas era sexta-feira Santa e eu tinha prometido que sairia com uns amigos. A contra gosto pulei da cama, coloquei água para fazer o café e fui tomar um banho e o chuveiro queimou, tudo bem, um banho frio não mata ninguém, terminei e fui passar o café e o pó havia acabado, corri no vizinho e graças a Deus ele tinha pó de café. Fiz o café e me servi uma xícara generosa e fumei 4 ou 5 cigarros até o pessoal chegar.
Entrei no carro e de cara falaram que o ar não estava funcionando e que teríamos que fazer uma parada extra, no trajeto o pneu furou para completar a saga, de resto o passeio até que foi bom, mas no peito havia algo estranho, talvez saudade de alguém que estava vivendo muito bem sem mim, então resolvi afastar essa dor e seguir.
Na volta não tivemos nenhum problema além do ar que não funcionava, rimos muito quando fomos obrigados a parar para um dos meninos “chamar o Juca”; me deixaram no mercado e comprei um chuveiro, pó de café e mais cigarros e fui para casa e graças a Deus a paz reinava e fui dormir tranquilo.
Eram 3 da madrugada quando o celular tocou, olhei rápido pensando que podia ser algo sério ou grave, foi quando li o nome dela na tela do celular, e lembrei que por muito tempo eu esperei essa ligação, mas ela não aconteceu. Não sei se foi covardia ou amor próprio, mas não atendi, deixei o celular no chão e voltei a dormir, mas até hoje me pergunto: o que ela queria falar?