Manifesto, claro. Sem que me tomem hipnose, método catártico, livre associação.
Manifesto não por pulsão ou qualquer coisa necessária e alheia a mim. Por descaminhos bem-sucedidos de atos falhos.
Manifesto por vontade. Opção, pura e simplesmente.
Recalquei você em sintoma, porque é assim que se aprende a fazer; é assim que se diluem fatos, categóricos, eles me disseram.
Mas você não ficou me surgindo somente nos subterfúgios pouco percebidos, quem me dera.
Toda essa história de conversão é falsa, pois insuficiente.
Nevralgia pelos lábios não tocados, hiperestesia pelos dedos não entrelaçados, neurastenia pelos braços que não aninham.
E nenhum diagnóstico discutido.
Qual sintoma justificaria quando se é impedido de amar?
Pelo motivo que for, o motivo qualquer, o mínimo impedimento intangível, intransigente, irreal, irrealizável.
Manifesto, consciente, pervertendo tudo o que dizem sobre nosso desconhecimento às ditas reais motivações. Manifesto porque já nem dissociar me estende trégua.
Então as imagens se distorcem todas em um véu, caóticas, se ricocheteando e se desfazendo.
Mais uma vez, o corpo acorda antes da abreação. Nada vai mudar. Nada pode mudar. Nunca é você do meu lado.