Você não sabe o quanto esperei por esse momento. Achei que ele nunca fosse chegar.
Meu coração quer pular enquanto eu vejo você se aproximar.
É uma miragem. É difícil de acreditar. Preciso me conter enquanto eu quero me jogar.
Eu tinha prometido a mim mesma que ia ter paciência, deixar primeiro o tempo passar, mas quando chega na hora… É tudo diferente, né?
Acho às vezes que é tão chato não conseguir me conter. A vontade que sempre dá de sorrir e que não consigo segurar.
É espontâneo. Por isso que eu digo: vai devagar. Vai devagar, porque tá fácil demais para eu me entregar.
Minha maior vontade ainda persiste em ser a pessoa que sabe se programar, que só vai falar e mostrar determinadas coisas quando a hora certa chegar.
Mas a pessoa que eu acabo sendo sempre é a impulsiva demais. Você é minha última tentativa de fazer isso dar certo.
Peguei as fichas. Elas estão aqui para apostar.
Isso mesmo. Me abrace devagar. Deixe eu encostar o rosto em você com carinho. Por favor seja meu lugar para descansar.
O lugar que eu quero ir sempre e sentir que não quero voltar.
Porque se for tudo rápido demais eu sei que vou me cansar. É tipo viajar. Quando você pega muita curva, principalmente as perigosas, começa a enjoar.
É bom ir e saber aonde podemos chegar. De vez em quando é gostoso correr e alcançar o destino final. Mas agora me faça ir devagar, me segure pelas pernas se precisar.
Quero aproveitar tudo o que essa história tem para dar. Pegue a minha mão. Não seja o primeiro a soltar.