A luz só vem pela trilha da sombra – é o aviso aos caminhantes dos caminhos da amplificação da alma. Criar novas versões, com mudanças verdadeiramente significativas, tem um preço que muitos não estão dispostos a pagar: o reconhecimento e a aproximação ao detestável que em nós habita.
A aceitação para a cura; a confissão para o perdão – de mim para mim. O desagrado é o início do processo, inevitável. O incômodo inconveniente dos desajustes sinaliza a jornada. Jung disse “não há despertar da consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.”
As satisfações partem das insatisfações; as novas versões, das pequenas aversões. E ainda, um curioso paradoxo, segundo Rogers: quando me aceito como sou, posso então mudar.