Ah, minha ruiva…

Ah, minha ruiva. O telefone toca e sem vontade nenhuma atendo, mas ao ouvir o “Oi” do outro lado o coração dá alguns pulinhos, era ela, disse que estava com saudade e que iria passar na minha casa à noite!

Mesmo sem o meu turno ter acabado, saio correndo do colégio, a minha casa anda representando a minha vida sentimental, uma bagunça, um caos, uma desordem, mas a Ruiva estava voltando e eu não poderia deixar a casa como estava!

Chego em casa ligo o som, pego as guimbas de cigarros, as milhares de xícaras (na verdade são apenas umas 6, 7 ou 8) espalhadas pela sala, abro as janelas, tiro a poeira, passo um pano e coloco água para fazer um café!

E como se tivesse combinado, ao acabar a limpeza e me sentar no sofá, ela bateu na minha porta e ao contrário das outras vezes ela não foi entrando, esperou que eu abrisse, ao fazer isso ela entrou, sentou a mesa, pegou a garrafa de gin e a de café e se serviu, após 2 ou 3 xícaras, ela começou a se desculpar, eu não deixei ela terminar de falar e disse que não precisava ouvir nenhuma desculpa ou explicação!

Ela abre um sorriso, eu a beijo, a coloco contra a minha parede que já não é tão preta e vamos matar nossas vontades, desejos e saudades…

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.