Ainda espero

homem olhando para celular

Não sei se era fevereiro ou quase março, é que ficou difícil contar os dias sem você aqui, seu cheiro e o rastro da bagunça que deixou pela casa e no meu coração, foi sumindo ao longo dos dias, mas a lembrança do seu toque era tão real que mentia para mim mesma dizendo que você só havia saído para comprar cigarros, pó de café e alguns pães.

Quando meu coração resolveu por um ponto final em nossa história e meu corpo praticamente não lembrava mais de você, de nós, você aparece em minha porta com uma blusa com várias boquinhas dos Rolling Stones, aquela calça jeans velha e desbotada e com o sorriso mais lindo que um ser pode ter, não consegui me conter dentro do meu vestidinho e logo estávamos na cama, revivendo todo nosso amor e tesão sem fim.

Então o dia chegou e você teve que ir, me deu um beijo molhado de café enquanto acendia meu cigarro e partiu, fiquei parada por uma hora ou duas tentando entender o que havia acontecido, por qual motivo tinha que ser desse jeito, levantei, peguei um café e um cigarro e resolvi escrever para aliviar a raiva e a saudade que estavam dentro de mim.

Ainda espero a sua mensagem de bom dia e seu abraço de boa noite!

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.