Vem Conversar

Ainda te amo

Antes de mais nada, estou sóbrio. São 06:40 da manhã, estou no ônibus lendo Charles Bukowisk e esse texto, que muitos falam que é poesia, me invade a mente e mesmo sem paciência alguma para pegar o celular, resolvo escrever.

O amor é um puto, sim, um puto!

Travo uma guerra com ele desde 85, e até hoje não consegui vencer nenhuma batalha. Deve ser por isso que não sou tão fã dele, criança mimada? Talvez, o que sei é que para mim ele é e será por um bom tempo um puto qualquer, daqueles que sempre encontramos bêbados pelas ruas da cidade, mas que de alguma forma consegue te arrancar o melhor sorriso ou a pior reflexão.

Gosto de afetos, mas tenho pavor do tal banho juntos pós foda, mas mesmo assim o faço, não quero que a pessoa pense que sou um desalmado que apenas quis usar seu corpo por algumas horas. Eu ainda me preocupo com o que falam e pensam de mim, deve ser por não ter vencido nenhuma batalha contra o amor ou talvez por insistir que devo guerrear contra ele, talvez!

Ontem a noite, eu queria alguém do lado esquerdo da cama, pois ainda durmo na beirada, resquício do meu último relacionamento, sem o abraço virei o corpo lentamente e pesadamente para o lado direito. Alcancei os cigarros que estavam em cima de um pilha de roupas que não tive tempo para guardar, acendi e dei dois tratos, pedi ao céus que não conseguisse dormir, pois eu não queria sonhar com nada que me fizesse sorrir, mas dormi após o quarto trago e acordei as 01:25…

E não consegui dormir mais, talvez eu tenha sonhado com você, pois estranhamente hoje eu estou feliz. Pode ser só uma saudade, mas pelo meu sorriso bobo. Ainda te amo!

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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