Esse texto é baseado em dias de reflexão. Uma dose de filosofia barata de botequim (eu nem bebo) e algumas horas de terapia resultaram em algumas conclusões.
Já parou para pensar na quantidade de exigências que colocamos em candidato a amigo? Parece que é mais difícil de arranjar amigo do que um bom candidato a vereador. “Amigo de verdade” precisa ter:
Os mesmos gostos;
Responder rápido no WhatsApp;
Ser ótimo ouvinte;
Está sempre disponível para quando queremos sair;
Sempre presente quando queremos desabafar.
Colocamos mais empecilhos para nos mantermos abertos à amizade do que a um possível cônjuge. A relação se torna demandante, truncada. O que deveria ser leve, se torna pesado.
Tudo se torna mais fácil quando entendemos que ninguém é capaz de nos satisfazer por inteiro. E nem devemos esperar ou condicionar ninguém a uma tarefa tão difícil. Tem amigo de meme, tem amigo de bar, tem amigo de desabafo, etc. Tem amigo pra tudo. Alguns desses irão preencher apenas uma categoria. Outros, várias.
Com o tempo, quem preenchia poucas, pode passar a preencher várias e vice-versa. Sem pressa e sem pressão, as amizades se transformam porque eu me transformo. E transforma-se também o outro.
Tentando manter a lógica do currículo e do checklist de lado e está funcionando. Convido você a fazer o mesmo.