Até onde?

Você me diz que mudou, que sentiu e que o que viu te transformou. Eu acredito em você, mas esse tempo todo estando aqui me fez aprender a não esperar, a não me jogar. Tudo por medo de me perder… Me perder da sanidade que demorou, mas que conquistei.

Então agora você querer… Para mim é novidade. Se antes eu falava para todo mundo de você, todos já conhecem os seus deslizes e eu não quero mais compartilhar isso com ninguém.

Eu não quero mais fazer alguém acreditar e nem esperar como eu esperei. Sou eu que preciso me fortalecer.

Eu desejo todos os dias que você encontre luz no seu caminho, assim como eu acredito que dessa vez não erro mais o destino.

Me perdoe se eu virar as costas para você. É tarde para você estar. Eu me adiantei em te esquecer. Abandono um passado que ainda me machuco por lembrar as razões que estiveram nas suas mãos para me fazer sofrer.

Eu gostaria de acreditar, mas algo me faz retroceder. Somos tão bons assim que não queria estragar nossos esforços em sermos amigos sorrindo do que amantes com dúvida do que vai acontecer.

É covardia, mas foi assim que consegui me proteger. Já expectativas que criei se tornaram espadas mais tarde que ainda não consegui remover.

Não quero jogar isso no seu colo assim, mas… Até onde você vai com essa história, eu não sei.

E não quero pagar pra ver. Eu tentei muitas e muitas vezes. Repetir isso pode ser fatal.

E eu não tô mais aqui para ver uma outra parte de mim morrer.

Yamí Couto

Autora e roteirista. Curadora do Blog Sensations, colunista no Blog EOH, Cilada Literária e E aí, Guria? Taróloga de horas vagas.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.