Até que ponto amar é imoral e não normal?

O vento tocava seus cabelos que batiam em meu rosto fazendo cócegas, meus dedos dançavam em sua nuca e o pôr do sol deu aquele tom de eterno bem na hora em que você se virou e me beijou.

Quis parar o tempo e viver preso naquele pequeno instante, mas o sol se foi e a lua fez questão de informar que o adeus que vinha sendo adiado durante as últimas horas se tornava inevitável.

Antes de falar qualquer coisa, fechei meus olhos e fiz questão de lembrar de todos os nossos por menores, até mesmo aqueles detalhes insignificantes que matamos com a rotina, tudo se tornou tão grande que ficou difícil segurar aquela lágrima teimosa que entregou toda dor que minha alma estava sentindo.

Será que um dia irão inventar uma máquina do tempo e aí poderemos viver tudo novamente ou vou ter que seguir te carregando como uma ferida aberta que se recusa a cicatrizar?

Minha boca na sua, minha mão segurando sua nuca e o temido adeus veio e senti meu coração parar e minha alma virar aquela esquina junto com você…

Até que ponto amar é imoral e não normal?

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.