Peço desculpa pela fuga do início, você, por tê-la segurado de onde a soltei, me dando suas declarações espontâneas que você tanto evitou que saíssem e que trazem meu coração até a ponta da minha língua.
Com cinco letras também se escreve a palavra que de primeira ao olhar inocente evoca a ternura, mas é no verbo, na ação, que ela descortina a verdade mais profunda dos sentimentos.

Tua

Você me fez tua. No riso. No gozo. No abraço que cria vontade própria e sozinho se demora. A sua barba te assinando nas minhas costas.

Se quer mesmo saber, teu cheiro ainda está aqui, canta Theodoro Nagô revolvendo lembranças que ainda exalam da pele.

Sabe, eu deveria ter acordado limpando a minha baba noturna no seu peito, cheirando seu pescoço, te puxando mais pra perto de mim com as pernas.