Se todo dia eu me permitir fazer diferente, saberei para onde regressar. Sem velhos fantasmas a cochicharem acidentes em minha cabeça, sem os manuais de regras cômodas.
Antes dos créditos finais, do último notívago abandonar a poltrona. Antes que as luzes se acendam. Antes do vigia partir com as chaves da entrada principal.
Tenho a sensação de que você chegará qualquer hora. Vai me encontrar desprevenido, com roupa e cara amassada, copos e pratos pelo chão.
Ainda é preciso ser bastante cuidadoso nesse tempo de isolamento social. Digo porque a gente se vê pouco, sai pouco, faz tão pouco por nós.
Tem dias que a gente acorda com toda a força de vontade. Parece que 24h é tão pouco. Há dias que são o exato inverso, as horas passam devagar.