Era um processo longo. O coração se desligava primeiro, como que recusando a bombear o sangue ao corpo de uma relação que estava destinada morrer e, quando putrefato, ser enterrado.
E não é que pensasse que teria outras coisas, que faria coisas distintas, estripulias e coisas assim. É só que sabia que a gana pela vida que o outro exibia a cada vez que conversavam a movia a fazer algumas coisas.
Sua reclamação principal, ao menos em relação à monotonia de seu descurioso namorado, era a de que ele não reagia. Falta de curiosidade, falta de reação.
Sonhava com o dia em que somente sonhar seria suficiente para realizar os sonhos, não porque teria poderes mágicos, mas porque finalmente seria ouvida. Porque sonhar, ah, isso ela fazia muito.