Tem coisas que a gente só entende depois, tipo essa mania besta de alongar a história por medo do ponto final ser duro demais.
Por essa impertinência o peito grita o que tento reprimir, pois, o silêncio é tudo que me resta. Porque eu preferi virar dor do que virar fim.
Deve ser por isso que fomos tão longe!
Você repreendia minha intensidade com uma frieza indomável e uma falta de sensibilidade sem tamanho.
Você não se preocupava com minhas dores, nem com o que afligia, você estava ocupado demais cuidando de si que nada podia te ferir, e em contrapartida, tudo me feria.
O seu descaso me machucou de uma forma tão densa que foi difícil romper com o nosso passado. Enquanto isso, a dor era a única coisa que me ligava a você.
Nossa história teve um começo, meio e um fim conturbado, até hoje sua lembrança me assombra, mesmo olhando você a distância, eu não te conheço mais, a familiaridade não me invadi e sim a indiferença.
Embora você ainda deixe a barba da maneira que eu achava bonita, embora tenha o mesmo cheiro e as mesmas manias estúpidas, não nos reconhecemos amor, não mais!
Foi triste, foi pesado mas foi necessário. E hoje, você, suas promessas, mágoa, tesão e raiva são passado.
Como chegamos até aqui? Como fomos tão longe?
Simples, você nunca sentiu muita coisa por mim, e me fez sentir muita coisa por você.
Você não quebrou o meu coração, muito menos estragou minha vida. Você estragou a sua. Eu era incrível demais para você.
E com toda certeza, o fim foi a melhor conclusão, melhor desfecho e indubitavelmente o melhor final.
Adeus amor, agora eu sou minha.