Merda
Não bati o dedinho na quina
Nem o cotovelo na beirada da mesa
Foi você
Subindo no box na forma de shampoo
A toalha molhada pendurada no varal
No lugar certo
Cotidiano errado
Lacera
Porque corta mais
Quando saudade tem gosto e tem cheiro
Tem rosto e tem beco
E a camisa suada esquecida no fundo do cesto
Desperta
Espreme gestos da memória
Fingindo que se espana como poeira
Essa indesejada visitante
Encarcerada no peito
Despido
Na bancada da cozinha
Aquele brinco que caiu do segundo furo
No puxão no cabelo
Suas costas nos meus pelos
Estreito
Fica o peito
Ficam as paredes e os votos
A distância dos copos
A desistência dos corpos
Adeus mascarado de até logo