Caso queira ouvir o assunto mais detalhado, confira nesse episódio de podcast.
Você é daqueles que acreditam que devemos estar bem sempre, o tempo todo? Ou sabe que dias ruins também fazem parte da vida, mas que passam?
Não somos perfeitos. Isso é fato. Somos pessoas de carne e osso. Acertamos, erramos, julgamos, somos julgados, fazemos o bem, fazemos o mal e entre erros e acertos seguimos nossas vidas.
E por não sermos perfeitos, temos dias ruins e dias ruins são difíceis porque são longos e as horas demoram para passar. Mas, tudo passa como tudo nessa vida. Ainda que pareça uma eternidade, mas passa.
Segundo uma pesquisa realizada em 2019 pelo Ibope, no Brasil, a depressão atinge 5,8% da população – taxa que está acima da média global (4,4%), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23% dos adolescentes entre 13 e 17 anos enxergam o transtorno mental como um “momento de tristeza” e não uma doença grave, o que é um erro já que “essa tristeza demais” deve ser tratada. E o levantamento mostrou que 22% das pessoas entrevistadas não revelariam o diagnóstico da depressão para familiares.
O levantamento verificou o contato dos entrevistados com a depressão e o suicídio. Os dados indicam que 66% conhecem alguém diagnosticado com depressão severa – esse número sobe para 73% entre as mulheres. Enquanto isso, 41% afirmam ter conhecido alguém que cometeu suicídio. Por outro lado, o pensamento suicida não é levado a sério entre homens (28%) e pessoas mais velhas (32%). Os dados apontam que o desabafo do próximo sobre “a vida não valer a pena” ou como a “morte como uma solução” foi recebida com descaso por esses grupos, com a primeira reação sendo “pare de pensar em bobagens”.
Esses dados foram publicados em uma matéria do site da revista Veja.
A depressão é um transtorno psiquiátrico que pode ser desencadeado por diversos fatores, como carga genética e ambiente onde o indivíduo está inserido; no entanto, os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão assertiva, por isso é importante ficar atento a todos os sinais.
O tratamento da depressão inclui psicoterapia, medicamentos (em alguns casos e sob recomendação médica) e até mesmo a prática de atividade física e uma boa alimentação.
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. Onde o dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano e recebe uma atenção especial nesse mês.
No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e mais de 1 milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias. São dados do site Setembro Amarelo e lá você pode encontrar psicólogos, psiquiatras e profissionais preparados do seu estado para te ajudar de forma voluntária.
Além disso, se você precisa conversar ou conhece alguém que precisa de uma conversa, ligue para o 188, que é o Centro de Valorização da Vida onde eles realizam apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntariamente e gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo seja por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Devemos ficar atentos se a tristeza resolver demorar um pouco mais. Sabemos que dias ruins fazem parte, mas eles passam e devem passar. Devemos continuar a ver o lado bom ainda que não pareça que a vida valha a pena.
E mesmo que não seja fácil, dê um basta se a tristeza quiser ficar tempo demais. É normal ficarmos tristes, mas não é normal a tristeza demorar demais. Acredite que tudo vai ficar bem, que dias ruins também vão passar. Afinal, se a felicidade não dura para sempre, porque a tristeza não vai passar.
