Dividimos um sorriso, depois um café e logo estávamos na terceira garrafa de vinho, daqueles baratos mesmo.
Seus olhos era o sol, eu um mero objeto desconhecido em rota de colisão, não tinha mais volta, seu sorriso tomou meu coração de assalto e todas as expectativas possíveis foram criadas.
A pergunta era difícil, uma cama de motel, a sua ou a minha? Será?
Levantei para fumar um cigarro e quem sabe tragar coragem de falar abertamente, foi quando senti seus lábios tocando meu pescoço e sua mão afagando meu peito, e até hoje juro que te ouvi me chamando de amor.
Virei, olhei em seus olhos e tive a resposta da pergunta que não fiz, fomos para minha casa.
Mais um café, alguns sorrisos e as mãos afoitas foram jogando as peças de roupa pelo chão. Uma noite memorável, depois do amor, fiquei te observando dormir e peguei no sono planejando acordar cedo e preparar o café da manhã.
Acordo e não te vejo ao meu lado e pelo silêncio do pequeno 201, sabia que tinha ido embora, levantei, passei um café e fui encarar o “palco” onde dois desconhecidos se entregaram a mais uma fuga da saudade…