Dividimos mais que um sorriso

Dividimos um sorriso, depois um café e logo estávamos na terceira garrafa de vinho, daqueles baratos mesmo.

Seus olhos era o sol, eu um mero objeto desconhecido em rota de colisão, não tinha mais volta, seu sorriso tomou meu coração de assalto e todas as expectativas possíveis foram criadas.

A pergunta era difícil, uma cama de motel, a sua ou a minha? Será?

Levantei para fumar um cigarro e quem sabe tragar coragem de falar abertamente, foi quando senti seus lábios tocando meu pescoço e sua mão afagando meu peito, e até hoje juro que te ouvi me chamando de amor.

Virei, olhei em seus olhos e tive a resposta da pergunta que não fiz, fomos para minha casa.

Mais um café, alguns sorrisos e as mãos afoitas foram jogando as peças de roupa pelo chão. Uma noite memorável, depois do amor, fiquei te observando dormir e peguei no sono planejando acordar cedo e preparar o café da manhã.

Acordo e não te vejo ao meu lado e pelo silêncio do pequeno 201, sabia que tinha ido embora, levantei, passei um café e fui encarar o “palco” onde dois desconhecidos se entregaram a mais uma fuga da saudade…

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.