Ela

Ela aprendeu a se virar sozinha, sair da linha de vez em quando, porque se tem uma coisa que ela nunca foi nessa vida é submissa.

Mas isso não significa que ela é agressiva. Muito pelo contrário. Ela é doce, é frágil como menina.

Sabe rir dos próprios erros e também mudar tudo de lugar quando a semana fica cansativa.

Ela se respeita. Aprendeu com poucos homens o que ela deveria escolher como companhia, mas foi com as mulheres que ela entendeu como ser, além de bonita, forte, determinada e pronta para amar alguém pelo resto dos seus dias.

Ela se preparou tanto. Estudou, cuidou dos próprios ferimentos, sorriu, trabalhou para se tornar uma rainha.

Você não vê? Se não vê é pelo medo dela ser tão decidida. Porque ela sabe o que quer. Ela sempre soube.

Sim, ela pode ter feito escolhas erradas também, mas isso são águas passadas.

Ela cresceu e entendeu que se for para alguém entrar na sua vida é para ser de verdade. Ela cansou de não ser correspondida.

As vezes que ela ficou perdida serviram para lhe mostrar o caminho e que ela não deveria ter medo de ficar temporariamente sozinha.

Está tudo bem. Quando as coisas ficarem ruins, ela equilibra.

Nunca foi sorte. Foi disciplina de saber que ela é forte e resiste a muita coisa, mas que também é humana para errar e acertar de novo.

O dom de perdoar ela domina. As segundas chances ela só dá para quem prova que merece.

Porque ela é amiga, família e coração.

E tem na alma que todo esse esforço vai ser recompensado da melhor maneira quando ela ensinar tudo o que sabe para a sua filha.

Yamí Couto

Autora e roteirista. Curadora do Blog Sensations, colunista no Blog EOH, Cilada Literária e E aí, Guria? Taróloga de horas vagas.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.