Ela me deixa confuso

confuso

Ando tão confuso que não sei bem se aconteceu ou se vai acontecer…

Ela me ligou  bem cedo, dizendo que estava pegando um táxi no aeroporto e indo direto para minha casa!

Minha cabeça estava zuada, garrafas estavam por todas as partes, guimbas estavam jogadas sobre a mesa e pelo chão, eu tinha menos de uma hora para arrumar tudo, ela estava chegando!

Limpo a casa, organizo tudo, tomo um banho, e fico vendo TV. O interfone toca, o porteiro diz que alguém está vindo, abro a porta e ela joga a bolsa de lado e corre para me dar um abraço.

Conversamos muito, falamos de tudo e mais um pouco, ela disse que estava com fome e eu a levei para cozinha. Falo que vou preparar uma massa por ser mais rápido, ela pergunta se pode ajudar, peço que corte as folhas de manjericão, estávamos rindo, na sala tocava algo do Chico ou do Caetano.

Ela sorria lindamente, e quando vou ajeitar o cabelo dela, a beijo. A puxei para perto, a faca que estava na mão dela cai próximo ao meu pé. Puxo seus cabelos com uma das minhas mão, com a outra a levanto colocando-a sobre a pia. Ela sussurra gemidos delirantes, sem perceber rasgo sua blusa do Superman, ela passa a mão na minha barba, a minha boca repousa em seus seios pequenos.

Fazemos na minha cozinha nossa loucura de amor, por entre os temperos e facas jogadas…

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.