Então, minha boca encontra uma nuca tatuada

E mais uma vez eu saio para te esquecer, chamei uma dúzia de amigos e resolvi me entregar aos encantos da noite, assim como me entregava a você!

Um, duas, três doses de uma bebida tão doce quantos seus beijos, a música até que era agradável e me deixo levar pelas batidas como me deixei levar por suas juras.

Minha boca encontra uma nuca tatuada, sinto as mãos dela em minha barba enquanto sua língua entra em minha boca e mergulho no olhar daquela estranha a ponto de esquecer que meu coração um dia bateu por você e meu sorriso voltou a ser largo. Voltei a fazer minhas tramas filosóficas sobre o que o amor deve ou não ser, meus amigos sorriam e sentia que eu estava de volta.

Mas as horas foram passando, tocam Boate Azul para avisar que a festa estava acabando e foi aí que a realidade me abraçou, não era com você que iria voltar para casa.

Não era com você que eu tomaria a última garrafa de café com gin e com toda certeza, não seria você a dormir e acordar em meus braços e abraços, mas se você conseguiu deve ser fácil deixar um amor de lado e viver as aventuras que vida tem a oferecer, não será sua boca que vai fazer a minha sonhar, mas é em você que vou pensar!

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.