Eu sinto sua falta aqui. Sei que não deveria, mas a saudade invade meu peito e a dor é muito grande. É que ainda não aprendi a me despedir de você.
Ah, como eu preciso de você aqui. Mesmo sabendo que é impossível e que sua volta não tem como acontecer.
Desde aquele dia nublado de agosto quando recebi a notícia, não voltei a ser a mesma de antes. Um pedaço de mim foi embora junto com você e não consigo encontra-lo de volta.
Sentir sua falta faz parte dos meus dias desde o momento que te perdi.
Queria ter o poder de saber certas coisas para valorizar ainda mais o nosso último abraço, lembrar do seu cheiro e qual o segredo do seu café. Sério. Nunca mais tomei um café como o seu.
Olho ao meu redor e te encontro fácil. Te vejo na borboleta amarela que insiste em visitar meu jardim todas as manhãs. No sorriso de um bebê que encontro na rua porque sei que amava esses pequenos seres. E nos dias nublados onde a chuva se confunde com minhas lágrimas.
Ainda leio nossas conversas, escuto seus áudios, assisto nossos vídeos e não consigo acreditar que já não está mais aqui. Como eu queria uma última festa, uma última conversa e aquele último conselho de que vai ficar tudo bem.
Já não sei quando tudo vai ficar bem. Preciso encontrar meu caminho, diminuir a tristeza e aceitar a saudade como visita. Escrevo algumas cartas na esperança que você leia, de onde estiver, e para diminuir um pouco a dor.
Um dia, tudo isso passa. Mas, não sei quando.
Até lá, eu sinto sua falta todos os dias.