Fomos um quase casal e isso me dói. Me dói lembrar que poderíamos ter sido algo mais. Você passou, eu fui embora e nós nunca existimos.
Seu olhar misterioso despertou o meu sorriso e nossa curiosidade falou mais alto para descobrir um pouco mais sobre o outro. Parecia até coisa de destino e aceitei seu convite para sair, afinal sua barba atiçou minha vontade.
Foram diversos encontros, lembro que nos divertíamos a cada saída, que trocávamos mensagens todos os dias até que você simplesmente sumiu. Quando eu insistir em mais uma conversa, senti que seria a última porque você disse que não dava mais para continuar.
Isso me desanimou. Poderíamos ter sido um casal de verdade, compartilhar ótimas histórias e ter lembranças carinhosas de tudo que vivemos, mas não passamos de um quase por causa da covardia.
Os encontros e os bons momentos que tivemos juntos foram apagados quando ouvi dizer que o seu medo falou mais alto e preferia não continuar a me conhecer. Eu estava me apaixonando e você fez isso, por quê?
Ao contrário das suas intermináveis explicações, eu não argumentei e tentei entender. Juntei os cacos do meu coração e decidi que esse pequeno lance que tivemos me mostrou que você foi apenas mais um que passou em minha vida.
Hoje em dia, seleciono melhor os convites que mereço aceitar. Aprendi que pessoas pela metade não merecem o meu tempo, mas também deixo que o destino prepare suas surpresas.
Afinal, eu estou pronta para viver todas as histórias possíveis que me cabe. Fomos um quase casal e não há como mudar o que vivemos. Não tivemos começo, meio ou fim já que ficamos no quase por causa do seu medo e da minha falta de insistência. E é assim que vou sempre me lembrar de você.