Sobre laços que não viram nós…
Jamais eu iria te prender aqui, meu amor. Somos livres demais para viver num emaranhado de nós que insistem em nos prender, sufocar e nos perder. Deve ser por isso que eu amo a liberdade dos passarinhos. Eles voam e, mesmo assim, estão sempre ao lado do seu parceiro.
É isso. Parceria. Aquela que vem junto com a cumplicidade, com o cuidado, carinho, atenção, confiança, respeito, admiração e, acima de tudo, amor. Acrescente outros ingredientes a mais e está feita uma boa relação.
Tem uma lenda chinesa chamada Akai ito que se refere a um laço vermelho do destino. Conta que duas pessoas estão destinadas uma a outra. Esse laço vermelho é invisível a olho nu e pode embaraçar, emaranhar, mas nunca romper. Sequer a morte o rompe, apenas o alarga para se encontrarem em outra vida. Quanto mais longo estiver o fio, mais longe e tristes as pessoas estão.
E você acredita que eu quero romper nosso laço ou nos manter a distância ou, pior ainda, transformá-lo em um nó? Nunca vou desejar isso. Imagina desfazer algo tão bonito que nós temos. Longe de mim!
Prefiro laços que encantam dos que nós que sufocam. Eu só desejo realmente que nunca percamos essa conexão que temos, que o amor continue nos unindo, que a parceria siga firme e forte e que a felicidade sempre bata em nossa porta.
Eu sempre me achei um passarinho, amo a liberdade e fujo de prisões. Logo eu não poderia desejar algo menos que isso para você, para nós dois. Esquece o que te falaram e deixa o medo de lado, abre essas asas e sorria para vida.
Voa comigo e descobre que os laços invisíveis são melhores vistos aos olhos de quem a gente ama. Podemos até pausar em nosso ninho, mas sempre com a liberdade de ser quem somos e enlaçados com amor.