Lembra do nosso amor bandido?

Lembra de quando fazíamos poesia com as gotas de suor do nosso sexo?

Lembra daquela que dei na sua cintura na escada do cursinho?  

Lembra daquele dia em que passamos a tarde toda deitados sobre a grama verde olhando o céu azul e o caos ao nosso redor?

Lembra de como suas pernas ficavam bambas com meu beijo?

Lembra como sua calcinha ficava ao ouvir minha voz sussurrando sacanagens no seu ouvido?

Lembra de como sua mansão na zona sul, com piscinas e saunas ficava pequena para tanto tesão?  

Lembra do meu pequeno apartamento de paredes pretas em que seus gemidos ecoavam?  

Lembra de como seu cabelo ficava perfeito espalhado no meu peito tatuado?

Lembra de como minha barba malfeita combinava perfeitamente com seu pescoço suave e macio?

Que bom que se lembra dessas e de outras coisas que vivemos juntos, pois é somente lembranças que te restam…

O cigarro não acabou, o café com gim não esfriou, mas a fila andou e andou muito e assim aprendi a viver sem o seu amor bandido

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.