Vazios são os olhos que fáceis refletem
Toda feia angústia que a eles se apresenta
Vomitam sem absorver igual figura
Pavimentando essas dores na armadura
Olhos de fora, de narciso clamam o charme
Se afogam e se inebriam na mentira muda
Que se alegram nas alheias disparidades
Esquecendo que só levaram o que já tinham
Seguem intactas as planas totalidades
Jogadas no próprio deleite se repetem
E a cada gêmeo que reclama, mais se isenta
Mas é preciso que a estrutura se desarme
No encontro do igual, que a vê e se desnuda
Só os desfeitos, antes, afinal, se alinham
Alexandrinos
ABCC – DEFG – FAB – DEG