Você está esperando encontrar uma pessoa “perfeita”? Se sim, vem comigo, essa reflexão é para você.
O conceito de “pessoa perfeita” é tão antigo quanto o próprio tempo. Nós crescemos sendo impactados por contos de fadas, e passamos a vida assistindo a filmes que tentavam nos convencer de que um dia nosso príncipe ou princesa chegaria (estou falando de você mesma, “Cinderela”, ou com você mesmo “príncipe encantado”) rs. Felizmente tempo passa, e, embora já saibamos que tudo isso era pura ficção, muitos ainda acreditam que só existe uma pessoa “perfeita” para cada um de nós.
A busca contínua por perfeição pode ser boa para comprar um carro, mas em seu relacionamento isso pode resultar na falta de reconhecimento do grande parceiro que está em sua frente.
Vivemos em um mundo onde as pessoas se sentem pressionadas a encontrar a “pessoa perfeita”. E essa ideia pode nos levar a crer que precisamos ser uma versão igualmente perfeita de nós mesmos nos relacionamentos, em vez de ser quem realmente somos.
Ninguém deveria se preocupar em fingir ser alguém que não é apenas para impressionar alguém; afinal, as pessoas que merecem a sua companhia devem gostar de você exatamente como você é. Pressionar-se para encontrar a “pessoa perfeita” pode ser extremamente estressante e fazer mais mal do que bem, levando você a ignorar uma pessoa incrível. Tenho certeza que sendo honesto, gentil e deixando claro o que busca, é muito mais provável que você encontre alguém para ser seu companheiro – perfeito ou não, o que realmente importa é que essa pessoa desperte em você a sua melhor versão.
Então, de uma vez por todas, acabe com a pressão para encontrar aquela pessoa que “pulou” de dentro de uma comédia romântica de Hollywood. Existem muitas oportunidades de encontrar um parceiro incrível – e nada pode ser mais mágico do que isso.
Esse lance da tal pessoa certa é complicado, muita gente confunde certo com perfeito, muita gente confunde certo com ideal e, como consequência, acaba se frustrando, porque não encontra “ninguém”. Primeiro você precisa parar de se cegar com as suas idealizações, e isso não tem nada a ver com aceitar qualquer coisa. Isso tem a ver com apreciar o novo.
Isso está mais para “permita-se afinal”: o novo é bonito e não assustador como parece. Acredite, alguns acham que o amor é uma poltrona confortável na qual você senta e assiste tudo acontecer de camarote, como quem não precisa dar um passo à frente. Outros acham que o amor é um campo de batalhas no qual quem ganha é sempre quem demonstra menos. A tal da lei do desapego.
Repare bem em quem elogia o teu sorriso mais sincero, em quem aplaude as tuas conquistas. Repare em quem te quer bem, em quem se alegra com a tua companhia e faz questão da sua presença. Veja bem quem quer estar ao seu lado e faz questão de sempre estar por perto. Não deixe de notar quem se importa com os seus sentimentos e com os seus problemas.
Repare em quem arruma um tempo pra te dizer “oi” em quem te liga pra saber se você está bem. Repare em quem confia em você e se oferece como apoio quando tudo parece não ir bem. Repare em quem acha bonito o teu jeito desorganizado, repara em quem está disposto a te segurar, caso você tropece. Em quem te olha como quem quer enxergar tua alma, em quem quer te conquistar com as pequenas coisas.
Repare em quem demonstra amor nos pequenos detalhes. Repare em quem gosta do teu cabelo e do teu jeito bagunçado de ser. Repare em quem ri das tuas graças sem graças, em quem te procura não porque postou uma foto bonita, mas porque sentiu saudade. Então, o “certo” pode estar aí, naquilo que vem desconsertado, naquilo que vem desajeitado procurando uma oportunidade de se ajeitar. Naquilo que você não consegue ver por estar com os olhos tapados, por olhar demais para trás e não conseguir olhar para o que está bem a sua frente.
Veja bem quem se interessa por você, quem arruma tempo pra um papo qualquer mesmo que o assunto pareça não andar. Veja quem arruma um jeito e não desculpas, quem traz flores e não espinhos. Repare em quem gosta de você do jeito que você é. Em quem se amarra no seu desarrumado.
Repare bem em quem te incentiva a ser melhor, em quem te apoia e te ajuda, repara bem porque o amor pode estar aí disfarçado de amizade, tentando se esconder de um “não”, tentando não parecer um bobo apaixonado. Repare bem porque a pessoa certa não vem com uma plaquinha escrita: Ei, sou eu, ela vem com um coração disposto a te amar. Disposto a transbordar. Não confunda a “pessoa certa” com a “pessoa perfeita”, até porque ela não existe.