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20/08/2020

Não quero saber de você

A primeira noite durou mais de 60 dias, bebia olhando suas fotos, fazia as coisas no automático e ficava olhando para o celular esperando uma mensagem sua que nunca chegou.

A cada toque do interfone meu coração praticamente parava, lavava o rosto rápido e ia ver quem era, foi uma decepção atrás da outra, em umas era o carteiro,  em outras alguém que tinha esquecido a chave e pedia para abrir o portão. 

Tudo, literalmente tudo me fazia lembrar você e fiquei nessa prisão até que uns amigos me “sequestraram” e me levaram para uma festa. 

Uma cerveja, 3 ou 4 cigarros e um sorriso chamou minha atenção e acho que minha cara de poucos amigos chamou a atenção dela. 

Os dias voltaram a ter cor e aqueles dias cinzas eram apenas cicatrizes que minha alma carregava.

A vida seguiu e o tempo tratou de colocar as nossas lembranças em algum lugar bem escondido, mas o que ele não esperava é que íamos nos encontrar em uma festa de um amigo em comum.  

Seu sorriso ainda era o mesmo, mas deu lugar a tristeza assim que meu novo amor chegou e beijou a minha boca,  você fez uma cara não acreditar no que via, apenas virei para você e disse: “ninguém é idiota para sempre”. 

Sigo feliz sem saber de você.

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Max Vieira

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.