Nossas lembranças

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Nossas lembranças…

Fixo os olhos nas fotografias que estão sobre a mesa, revelei as fotos de um passado feliz. Acendo um cigarro, me encosto na cadeira e fico revendo as fotos em minha mente.

Lembrei do dia em que você estava com a minha blusa de frio, estava muito quente, mas acho que foi a forma que você encontrou para me sentir ao seu lado!

Na tevê estava passando um daqueles filmes de final feliz que você gosta. E nesse momento eu crio o nosso próprio filme, você andando por aí com a minha blusa, encarando todos os barbudos tatuados que vê pela rua na esperança de ser eu, mas nunca me encontra.

Eu acendo um cigarro atrás do outro e bebo cada vez mais, todas as noites olho aquelas fotografias de nós dois juntos. Aquele sorrisão por entre a minha barba mal feita e o seu sorriso tímido de menina doce. Ainda posso sentir seus cabelos por entre meus dedos, a sua boca na minha.

Os pensamentos se tornam tão reais que já não sei se estou pensando ou se estou do seu lado, mas o celular toca, é uma mensagem de outra menina me chamando para sair, mas não respondo, corro para o quarto, enterro a minha cara por entre as coisas que ali estão e choro.

Do filme mental que criei me restou uma vontade ainda maior de estar com você. Na manhã seguinte acordo sorrindo, pois dormi abraçado com uma foto sua. Levanto e volto para minha rotina: cafés, cigarros, gin e aquela velha e conhecida saudade…

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.