Para onde vai tudo que a gente vive?
Você já se perguntou sobre isso? Foi essa pergunta que vi em uma Newsletter que estou inscrita. Confesso que fiquei reflexiva por saber que tudo é uma coleção de momentos.
Tudo passa.
Essa é uma frase que sempre repito para mim mesma, mas ao me deparar com a pergunta do e-mail tive mais um choque de realidade.
O que fazer com o amor que vivi? Com a lembrança do primeiro sorriso que vi do meu afilhado? O ombro amigo que ofereci quando minha irmã teve a primeira decepção amorosa? Com o colo da minha mãe sempre que preciso?
São inúmeros momentos que vivi e foram tão marcantes, ainda que singelos aos olhos de quem está de fora. Afinal, são coleções de momentos que fazem parte de quem eu sou.
Talvez, fique registrado em vários departamentos da minha memória e alguns até caiam no esquecimento total. Como eu aprendi no filme “Divertidamente”.
No entanto, ainda fica a pergunta: o que fazer com tudo isso?
Guardar em um cantinho especial? Aprender com tudo? Aproveitar cada momento? Valorizar ainda mais o presente?
A verdade é que tudo passa, muita coisa chega ao fim e só nos restam as lembranças do que foi vivido.
Talvez, na verdade tenho quase certeza, a lembrança que eu tenho de alguém não deve ser a mesma que ele tenha de mim. O que ficam são fragmentos na nossa memória que cada um guardou sob seu olhar.
Não existe certo ou errado, apenas memórias diferentes daquilo que vivemos. Eu posso ter visto um 6 enquanto você viu um 9, sabe? O que compartilhamos foi aquele momento juntos e guardamos a lembrança desse capítulo que dividimos.
O tempo não para e sorte nossa enquanto temos uma vida toda pela frente. Ainda não sei para onde vai tudo que a gente vive, porém tenho certeza de que quero continuar vivendo cada vez mais.