Pois eles não sabem o que fazem. Nem você sabe.
E está tudo bem. As dores são inevitáveis. Não dá para escapar delas. Não nesse mundo.
O mesmo que insiste em acreditar que é certo e justo ser imundo.
Que é preciso descontar na mesma moeda a cada novo murro, em vez de traçarmos novos rumos.
O mundo é injusto. Foi o que me disseram.
E eu acreditei até entender que… Não sou eu quem puno. Não sou eu quem assumo as chagas daqueles que ainda vivem uma sombra que parece nunca se dissipar.
Eu quero, Deus, ter um coração puro… Assim como o seu. Eu desejo a liberdade… Desejo libertar.
Pois o mundo dói, eu sei. Mas o cansaço é maior quando olho mais para a minha dor em vez de curar quem está ao meu lado.
Me dê forças para continuar. Me ensine a perdoar, pois eu nem sempre vou lembrar.
Quando a incompreensão vier, eu sei que ela vai passar, assim como muita coisa que acontecerá.
Mas só o Senhor estará aqui para me guiar e me salvar.
A maior salvação só pode ser perdoar e ser perdoada, libertar da condenação quem ainda não conseguir enxergar.
Por favor, Pai… Não me abandone agora.
Essa estrada só está por começar.