31/10/2019
Será que ainda dá tempo de dizer que tô com saudade?

Será que ainda dá tempo de dizer que tô com saudade de segurar a sua cintura e de morder a sua boca?
Deixar claro que a porta do 201 nunca se fechou para você, que as paredes andam sussurrando seu nome e que meus lençóis não aceitam outro cheiro a não ser o seu.
Sabe aquele domingo de chuva que você chegou molhada e estava usando somente um vestido indiano? Amava te ver usando roupas fáceis de se tirar, meu fetiche sempre foi e sempre será você, “diaba” ruiva com olhar de ressaca tipo Capitú, se bem que Bentinho não teve tanta sorte quanto eu.
Olho o celular e vejo que disse que na está quase chegando, então resolvo fazer um café para te esperar. Começo a passar o café e sinto seu cheiro se misturando com o café, deixo tudo na cozinha e corro para a porta da sala.
Você estava lá com seu sorriso sacana procurando as chaves para trancar a porta, sem sucesso desiste e se entrega ao meu toque. Encosta suas costas em meu peito enquanto seguro seus cabelos para revelar seu pescoço, uma mordida, dois beijos e minha boca se encontra com a sua.
Seus olhos me confessam segredos insanos enquanto vai ajoelhando, seguro forte seus cabelos e sinto todo o segundo andar voar, então o encontro entre o caos e o profano ganha mais uma história a ser guardada pelas paredes do 201.