Seu medo é maior do que você?
Eu conheço pessoas que tem medo de baratas, aranhas, palhaços. Medo de perder alguém, de viajar de avião, de se abrir para o outro. Existem tantos medos que já nem conto mais. Eu, por exemplo, tenho medo de lagartixas (um trauma de infância, mas não vem ao caso explicar agora) assim como tenho também outros medos pequenos e outros mais complicados.
Eu tenho medo de que hoje seja meu último dia e eu não ter feito metade das coisas que gostaria de ter feito.
Eu tenho medo de perder as pessoas que eu amo e perceber que não valorizei o tempo delas ao meu lado.
Eu tenho medo de não conseguir parte do que eu planejei para mim.
Eu tenho medo de não saber lidar com os imprevistos que fazem parte da vida.
Eu tenho medo de não saber corresponder o amor que têm a mim e não saber amar como se não houvesse amanhã.
Eu poderia continuar escrevendo sobre as coisas que eu tenho medo, mas quero saber de você: do que você tem medo?
Faça uma lista como essa e logo notará uma coisa, sabe o quê? Mesmo com os infinitos medos, nós temos uma coisa em comum: nós convivemos com o nosso medo.
Apesar do meu medo de não saber o que o futuro reserva pra mim, eu faço minha parte no presente. Assim como o medo e a insegurança que qualquer situação nova possa provocar em minha vida, eu enfrento. Pouco importa se estou com minhas pernas tremendo e meu coração quase saindo pela boca, eu continuo seguindo em frente.
É claro que há medos que são tão enormes que se transformam em fobias e precisam de tratamento médicos, mas me refiro aqueles medos que fazem parte da nossa rotina ou que nos assustam vez ou outra.
Lembra quando você começou aquele curso novo e morria de medo da turma não ser legal? Ou daquele nó no estomago que sentiu quando fez uma entrevista de emprego? O nervosismo da sua primeira viagem sozinho? Percebe como o medo, de uma forma ou de outra, está presente nas nossas vidas?
O bom da vida é esse poder da mudança. Podemos melhorar o que sabemos, quem fomos ou o que sentimos no passado já não cabe mais em quem somos hoje. Por isso, é sempre saudável enfrentar seus medos. Encarar as adversidades da vida de peito aberto e pronto para o novo.
E se o coração querer pular pra fora, o suor das mãos estiver incontrolável, o corpo se tremer todo, a fala quase não sair da boca, esqueça por 5 segundos tudo isso e encare aquele 1 segundo de coragem e siga em frente. Não deixe que seu medo seja maior que você. Esqueça-o e aprenda a vencê-lo, verá o quão longe poderá ir.
Eu sei que nem sempre venceremos todos os medos em todas as situações, mas estamos aqui para viver e aprender, certo? Aprenda a conviver com seus medos e a enfrenta-los também. Como eu sempre digo, se deu errado, ao menos, fica a história para contar. Ah, só não me peça para superar meu medo de lagartixa. Neste caso, já está pedindo demais.