Ela veio

Ela veio mais uma vez povoar meus dias de loucuras, como sempre chegou do nada com aquele sorriso estampado no rosto, como se tivesse ido comprar cigarros ali na esquina!

Mas na verdade ela tinha sumido por dias, como sempre fez e provavelmente irá continuar fazendo, e eu como um bobo, sempre aceito.

Estava sentado na sala fumando, pensando na vida e no rumo que ela tomou, em como ela sempre me deixa e depois volta, mas ainda bem que ela volta!

Abro a porta e ela passa a mão na minha barba e fica me olhando como se nunca tivesse me visto antes ou como se de alguma forma eu tivesse mudado, mas meu caos era o mesmo! 

Me abraçou e disse alguma coisa que não sei bem o que foi, pois já estava embriagado com seu perfume “Coffe Seduction”, na sua boca o batom que gosto e seus cabelos vermelho ainda abalava meu mundo.

Ela passa por mim arranhando meu peito, meu corpo arrepia todo, a pego pela cintura e a carrego direto para o quarto, não quero nem mesmo uma satisfação por onde ela andou dessa vez.

A jogo na cama, tiro sua roupa, como uma criança que tira o papel do presente tão esperado, beijo seu corpo todo e a aperto cada vez mais forte, sinto suas unhas entrarem em minha carne, olho no olho e as horas passam tão rápido que logo o sol avisa que é hora dela partir.

Fico vendo ela se vestir, tento formular algo que a faça ficar, mas não sou bom com dramas ou jogos emocionais, coloco a cueca, pego o maço de cigarros e vou para cozinha fazer um café, a porta se fecha e eu fecho meus olhos pedindo a Deus que ela não demore a voltar…

Max Vieira

Max, trinta e poucos anos, tatuado, barbado, fumante e viciado em café. Autor e criador do perfil @saudadedonossoamor, onde escreve micro contos e frases sobre saudade, amor, sexo bandido e noitadas, tudo envolto na fumaça de intermináveis cigarros e muito café com gim.

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Seja um dia, seja uma noite, as coisas ficam claras. E elas simplesmente não importam mais. Eu não sei mais o que você está sentindo.
Se me perguntarem qual amiga que sou, vou responder que sou a amiga que fica. Aquela amiga que segue a vida, mas sempre encontra um tempo.