Não
Não me coloca desse jeito no teu tribunal
Sem direito a escusa e sem defesa
Ré confessa por dolo
Nem dia útil era, não vale esquiva
Mas quando não se tem mais escolha
A não ser acatar?
Das mãos
Da respiração ofegante
Do gemido involuntário e a quentura das pernas
As rezas
Pregando a qualquer entidade
Que poder tenha que extirpe
O sentimento
A anestesia do corpo
Dada pelo excesso
Não me decrete as tuas prisões
Tuas algemas
As cenas
O sutiã azul no chão da minha sala
E o exército rendido
Olhos de inquisição, lábios de veredito