Caso queira ouvir o assunto mais detalhado, confira nesse episódio de podcast.
Ser mulher não é fácil, é lutar contra um sistema desde que nasce até o dia que vai embora. Sofremos muito mais só pelo fato de ser mulher. A luta pela igualdade não é uma simples guerra entre homens e mulheres, mas conquistar um cenário no mundo onde possamos exercer nosso direito de ir e vir tranquilamente.
Segundo o relógio de contagem da população, temos 49,6% de mulheres e 50,4% de homens no mundo todo já no Brasil são 50,8% de mulheres e 49,2% de homens.
No estudo Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tomando por base a população de 25 anos ou mais de idade com ensino superior completo em 2016, as mulheres somam 23,5%, e os homens, 20,7%. As mulheres ganham, em média, 75% do que os homens ganham. Isso significa que o valor médio da hora trabalhada pelas mulheres era de R$ 13,0, ou 91,5% da hora trabalhada pelos homens (R$14,2). A taxa de frequência escolar líquida ajustada no ensino médio exibe maior percentual de mulheres (73,5%) que de homens (63,2%). Além disso, o tempo dedicado aos cuidados de pessoas ou a afazeres domésticos é maior entre as mulheres (18,1 horas por semana), do que entre os homens (10,5 horas por semana).
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública do ano passado mostra que para o feminicídio houve um aumento de 4%, sendo o ápice da mortalidade aos 30 anos, 61% dessas mulheres eram negras e 70,7% tinham o ensino fundamental e em 88,8% desses crimes foram cometidos pelo companheiro ou ex companheiro.
Já para violência doméstica, segundo os dados do anuário, teve um crescimento de 0,2% em 2019 e é feito um registro a cada 2 minutos no país todo.
E em caso de violência sexual, ocorrem 180 estupros por dia, sendo 81,8% do sexo feminino, 50,9% negras e em sua maioria (53,85) tinham até 13 anos, ou seja, 4 meninas são estupradas por hora no Brasil.
Durante a pandemia, esses números de violência doméstica não param de crescer. Houve aumento de 30% nos registros feitos no Portal da Ouvidoria Nacional de Direitos com queixas de maus tratos, lesões corporais e falta de condições de subsistência.
Além disso tudo, uma pesquisa conduzida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas divulgada em 2020, revelou que 90% dos homens e das mulheres tem visões negativas sobre o papel das mulheres na política, no mercado de trabalho e até na vida familiar.
São números que assustam, que decepcionam e nos fazem questionar como podemos mudar as estatísticas? O que esperar de um futuro que não parece ser bom para as mulheres?
Se você sofre algum tipo de violência seja física ou verbal, sofre com maus tratos, foi estuprada, denuncie. Se você conhece alguma mulher que passa por isso, denuncie e ajude. Disque 180, denuncie para violência, reclamações já que esse é o disque-denúncia do governo sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente.
E caso queira saber mais dados, o que está sendo feito para mudar e deixar o mundo das mulheres melhor, acesse o site onumulheres.org.br que traz diferentes notícias sobre esse tema no Brasil.
Por favor, não vamos nos calar. Busque seus direitos.